25th September 2020
Jamais Fomos Hamlet « eRevista Performatus
No meio do caminho, em cujas extremidades encontram-se, distantes, a natureza e a cultura, encontra-se Hamlet, clamando para um deus morto: “eu quero ser uma máquina!”.
Até que a última cena termine – e ainda que seu drama não se realize –, ele irá blasfemar mais de uma vez, qual Donna Haraway, sua condição de humano e de personagem (persona, do latim, máscara): “eu era Hamlet”, afirma, imputando ao pretérito imperfeito uma condição ontológica aparentemente impossível; “não sou Hamlet”, aponta